Peça filhos ao Senhor!

[O Senhor] Dá um lar à estéril, e dela faz uma feliz mãe de filhos.

Salmo 113.9

A maioria das mulheres passa pela gravidez de maneira muito tranquila. São dotadas de uma capacidade natural de conceber. Mas muitas mulheres enfrentam grande dificuldade para gestarem seus filhos, devido a problemas de saúde ou limitações de seu organismo. A medicina de nossos dias despende grande energia na busca de recursos que possibilitem a gravidez dessas mulheres.

Na história de Israel podemos observar um fato curioso: muitas mulheres enfrentaram o problema da infertilidade. A primeira mulher da História, Eva, surpreendeu-se e alegrou-se por poder conceber, logo depois de ter sido expulsa do paraíso. Sara, esposa de Abraão, miraculosamente concebeu com uma idade avançadíssima. As esposas dos demais patriarcas enfrentaram semelhante problema. Ana dramatiza seu problema, clamando por um filho no tabernáculo, a ponto de ser tida por bêbada pelo sumo-sacerdote.

A incapacidade de concepção das mulheres de Israel ilustra historicamente uma tensão espiritual do povo de Deus: O Eterno promete trazer à existência uma nação eleita e ao mesmo tempo esta nação só surge por meio de muita luta, oração e forte anseio. Estas mulheres colocaram-se diante do Criador em quebrantamento, esperando o cumprimento de sua promessa. Elas revelaram os conflitos e dúvidas do coração diante da demora em darem à luz. Mas todas finalmente se alegraram com intenso júbilo ao terem em seus braços os prometidos rebentos.

O povo de Deus, que é a Igreja do Senhor Jesus, também passa por semelhante tensão. Deus promete edificar a sua igreja e trazer para si filhos de todas as tribos, povos, línguas e nações. Ao mesmo tempo estes filhos só são concebidos mediante lágrimas, anelo, esforço evangelístico e empenho em testemunhar. Devemos desejar ter filhos espirituais, vidas convertidas a Cristo, com a mesma intensidade com que as mulheres israelitas ansiavam serem mães.

Confie na promessa do nosso Deus de fazer para si este numeroso povo. Ore por vidas salvas pela graça em Cristo. Pregue e testemunhe, no poder do Espírito, a Palavra de Deus. E assim você se alegrará vendo filhos maravilhosos vindo à luz do Evangelho!

A Lei da Palmada

Está em discussão um novo projeto de lei que interfere diretamente em todas as famílias. Tem sido chamada informalmente de “Lei da Palmada”. O projeto de Lei 2654/03 da Deputada Federal Maria do Rosário (PT/RS) faz uma emenda ao Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelecendo “o direito da criança e do adolescente a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos”. O projeto ainda prevê uma série de punições aos pais infratores.

Qual é a posição bíblica sobre o assunto? Como nós, cristãos, nos posicionamos diante da possível aprovação de tal lei?

1. Nós, cristãos, não somos a favor de violência, seja essa praticada contra adultos ou contra crianças (Sl 27.12; Pv 3.31; Ef 6.4; Cl 3.21). Casos como o da promotora de Justiça aposentada que torturou a criança de 2 anos que pretendia adotar devem ser duramente condenados, e as leis que hora vigoram já são suficientes para coibir e punir ações absurdas como essas.

2. Reconhecemos que nascemos pecadores e nossos impulsos naturais são autodestrutivos. Tais impulsos devem ser limitados para livrar a criança das conseqüências fatais do seu pecado (Pv 13.24, Pv 23.14; Hb 12.4-11).

3. Os argumentos dos psicólogos não traduzem a realidade. Dizer que o castigo físico faz com que alguém se torne necessariamente violento é inconsistente. Na verdade, uma grande parte de pessoas violentas foram excessivamente mimadas na infância (Veja o caso de Adonias, filho de Davi, que nunca foi admoestado por seu pai, 1 Rs 1.5,6). O caso de Suzane Von Richtofen, autora da morte dos próprios pais, é um exemplo moderno disso.

4. A disciplina física não é ministrada sozinha. Ela se associa a outros elementos ainda mais essenciais à formação da criança, como o diálogo, a presença do pai e da mãe, a oração, a compreensão e o apoio. O livro de Provérbios, tão evocado para exemplificar a aplicação da disciplina física, começa com um longo discurso de quatro capítulos de orientação do pai ao filho. A aplicação da vara não é feita sem a anterior orientação.

5. Embora reconheçamos o dever do Estado em coibir a violência, repudiamos o controle que esse Estado deseja manter sobre a maneira que administramos nossas famílias. Infelizmente caminhamos para um tempo em que a esfera do governo civil se arrogará o direito de controlar os mínimos detalhes de nossa vida comum (Ap 13.5-8).

6. Adivertimos ainda sobre a possibilidade de que terríveis injustiças venham a ser cometidas quando pais que estiverem usando de sua legítima autoridade forem denunciados e tratados como criminosos comuns ou como doentes mentais.