Andaimes do Pensamento

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Andaimes feitos de bambu

sábado, 30 de abril de 2011

A Negação Final


Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante de meu Pai que está nos céus. (Mateus 10.33)

Mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus. (Lucas 12.9)

Recentemente foi divulgada uma pesquisa que coloca o Brasil como a terceira nação que mais acredita em Deus. 84% dos brasileiros disseram crer em “Deus ou em algum ser supremo”. Isso poderia ser interpretado como algo positivo, como uma marca de uma boa espiritualidade. No entanto, afirmar a crença em Deus é apenas o primeiro passo, e não a linha de chegada na espiritualidade cristã. O teste supremo da espiritualidade não é a afirmação, mas a não negação.

O critério de espiritualidade estabelecido pelo próprio Deus em sua Palavra tem como referência máxima e insubstituível a pessoa de seu Filho, o Cristo Jesus. Confessá-lo é confessar o Pai, negá-lo é negar o Pai.

Muitos fazem o raciocínio contrário: Se eu creio em Deus, então eu já tenho Jesus Cristo, automaticamente. Não é assim que a Bíblia nos diz. O “deus” em quem tantos afirmam crer é uma entidade enigmática, um conjunto vazio que pode ser preenchido por qualquer conteúdo, desde a imagem da mãe já morta até o time de futebol do coração. Qualquer coisa poderia entrar na descrição desse “deus” da estatística.

A Bíblia traz um conteúdo precisamente delimitado sobre quem Deus é: temos uma gama de informações sobre os atributos divinos, como eternidade, onipotência, onisciência, atributos estes que se sintetizam em sua santidade e que se personalizam em Cristo, a Palavra Eterna procedente de Deus e encarnada na história para a redenção de seus eleitos. Confessar este Cristo é confessar tudo que Deus é. Negá-lo, ainda que sutilmente, é negar a Deus como Ele mesmo se afirma.

Esta confissão não pode ser meramente verbal, mas vivencial, existencial. Muitos dos que se utilizam do nome de Cristo como uma palavra mágica ou como um instrumento de poder serão negados e rejeitados pelo Senhor no Dia Final (Mateus 7.21-23).

O critério da não negação não é um critério reservado para os dias futuros, para um momento longínquo na história humana. Ela é para hoje, para agora. É por esse critério que Jesus avalia o desempenho da sua igreja (Apocalipse 2.13; 3.8). É a partir da não negação de Cristo que o cristão efetiva a sua missão transformadora no mundo.

“Você crê em Deus?” A carta de Tiago diz que isso não quer dizer nada, pois os demônios também dispõem desse tipo de fé (Tiago 2.19). A pergunta é: “Você nega a Jesus como o Filho de Deus?” Essa é a pergunta que o Anticristo fará e receberá de muitos um sim. E o Pai terá consigo eternamente aqueles que corajosamente disseram não a essa satânica proposta.

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